Paciente do sexo feminino, 64 anos, hipertensa de longa data. Submetida a estudo ecocardiográfico com os seguintes achados: velocidade da onda E: 89cm/s; velocidade da onda A: 68cm/s; AE: 39mm; velocidade da onda e´ septal estimada em 7cm/s; VE diastólico: 51mm; VE sistólico: 33mm; PP: 11mm; SIV: 10mm; A área de superfície corporal da paciente é de 1,67m². Com base no estudo ecocardiográfico, levando em conta os parâmetros de normalidade segundo o Guidelines de janeiro de 2015 da ASE, pode-se afirmar que:
a) A paciente apresenta hipertrofia excêntrica ventricular esquerda;
b) A paciente apresenta remodelamento concêntrico do ventrículo esquerdo;
c) A paciente apresenta hipertrofia concêntrica do ventrículo esquerdo;
d) A paciente tem massa ventricular esquerda normal;
e) Não é possível classificar a paciente com base nos dados informados.
A análise da massa ventricular e a espessura parietal relativa precisam ser levadas em consideração no exame ecocardiográfico.
Segundo o consenso de janeiro de 2015:
Fórmula do Cubo: 0,8 x 1,04 x [(SIV + DDVE + PP)³ - DDVE³] + 0,6g
Os valores de referência dependem do método utilizado. Se utilizarmos o método linear (aferições pelo modo M), os valores máximos de referência serão de 95g/m² para mulheres e 115g/m² para homens. Se utilizarmos o método 2D, os valores são um pouco menores (88g/m² para mulheres e 102g/m² para homens). Usualmente utilizamos as medidas lineares e a equação de Deveraux (do Cubo).
A espessura parietal relativa (determinada pela fórmula (2 x PP)/DD) permite diferenciar entre hipertrofia concêntrica ou ecêntrica e ainda identificar o remodelamento concêntrico.
Na questão acima:
Paciente do sexo feminino
DDVE: 51mm (5,1cm);
PP: 11mm (1,1cm);
SIV: 10mm (1,0cm)
ASC: 1,67m²
Fórmula do Cubo: 0,8 x 1,04 x [(SIV + DDVE + PP)³ - DDVE³] + 0,6g
0,8 x 1,04 x [(1 + 5,1 + 1,1)³ - 5,1³] + 0,6
0,832 x [(7,2)³ - 132,65] + 0,6
0,832 x [373,25 - 132,65] + 0,6
0,832 x [240,6] + 0,6
200,18 + 0,6
Massa ventricular esquerda: 200,78g
Massa indexada pela ASC: 200,78g /1,67 = 120,23g/m² (normal para mulheres até 95g/m²)
Espessura parietal relativa: (2 x PP)/DD
2 x 11/51
22/51 = 0,43
De acordo com o guidelines:
Plotando os dados de acordo com a imagem:
Espessura parietal relativa > 0,42 (0,43)
Massa ventricular indexada > 95g/m² (120,23)
Logo, a paciente apresenta hipertrofia concêntrica ventricular esquerda.
Resposta correta alternativa C;
C - mas não lembro o pq de não poder ser remodelamento concêntrico.
ResponderExcluirColocando na fórmula:
Excluir2x11/51= 0,43(espessura parietal relativa aumentada)
Calculando o índice de massa pela superfície corporal encontrei: 167/1,67= 100
Portanto fica como hipertrofia concêntrica
Pois espessura parietal relativa foi > 0,43 e índice superior 0,95
Resposta C
Digo, espessura > 0,42!
ResponderExcluirDigo, índice de massa ventricular > 95 para mulheres!
ResponderExcluirÓtimo! Bem claro!
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